LOJA DAS PARAFINAS e RIP CURL agora são a mesma LOJA!

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quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Afiando as quilhas em Snapper Rocks

O ex-top do Circuito Mundial Troy Brooks surfa e entrevista alguns dos tops da elite no Superbanks Australiano nos dias que antecedem o Quiksilver Pro, Gold Coast.



Fonte: ZigZag Surfing Magazine

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Boletim das Ondas ESPECIAL *HIGH SURF ADVISORY*

LDSURF * Emitido 23/02/10 às 14h *

Ele acordou

Nosso negócio é só previsão, então é hora de se manifestar sem vacilar. Pra quebrar a rotina, estamos trabalhamos desde domingo para trazer novidades borbulhantes e precisas. O swell avistado para o fim da semana vem dando sinais de que entrará bem mais forte que a impressão inicial e deve ser um dos maiores de todos os verões recentes. Vai colocar o swell n.5, de Quarta de Cinzas, no bolso e promete ser animal, podendo chegar ou passar dos 4m. O ápice vem na sexta-feira, mas o fds também vai ser regado de surf, e muito. Os ventos ainda estão incertos. Como se não bastasse, a sequência parece ser mágica e ainda vem mais surf no vácuo. Passado o carnaval, a vida volta com força total, e o tridente de Netuno também. Nossa bola de cristal está quase explodindo de euforia, e é assim que você pode ficar quando finalizar este LD!

O boletim de hoje tem o conteúdo um pouco diferente do habitual, pois temos algo bem especial se aproximando. Nada mais justo.

ÍNDICE

1) Intro: Recapitulação da estação

2) Raio X completo da maior bomba de verão dos últimos anos

3) Tendências de longo prazo

4) Resumo LD

5) O lado B das bombas



1- Intro: Recapitulação da estação

Eventos climáticos extremos nos quatro cantos do planeta têm se tornado comum. Entre os muitos destaques, as maiores nevascas americanas dos últimos 80 anos, neve em Roma depois de quase três décadas, dilúvios históricos na Argentina, Haiti e Ilha da Madeira, e para nós, bolhas de calor semi-desértico e chuvas estúpidas no sul e sudeste do Brasil. Do ponto de visto do surf, o ritmo frenético das tempestades de grande porte no hemisfério norte tem gerado swells incríveis no Pacífico (vide a temporada havaiana, californiana e peruana, por exemplo). A bola da vez, desde o fim de setembro, são as ondulações que vêm “de cima”, pois é inverno na parte setentrional do globo, e esse tem sido um inverno daqueles. Nada mais normal que Netuno esteja mais pra lá do que por aqui, especialmente em um ano em que o Pacífico é turbinado pela presença do El Niño. Este fenômeno não tende a beneficiar o Atlântico, mas curiosamente o Atlântico Norte também tem bombado como poucas vezes nos últimos anos, tendo em vista o porte e quantidade de swells presenciados na Europa, Marrocos, leste americano, e do prisma verde e amarelo, Noronha, Ceará e Rio Grande do Norte. Já na “nossa metade do planeta”, ou seja o hemisfério sul, as coisas estão começando a melhorar agora. No Pacífico Sul tivemos recentemente o primeiro swell de sudoeste mais significativo, mas ainda assim ofuscado pelas constantes bombas de noroeste.

Ok, mas onde NÓS entramos nessa história?

Dentro dessa geral no globo, o que interessa para os surfistas das regiões sul, sudeste e a maior parte do nordeste brasileiro é o Atlântico sul. Definitivamente, esse não costuma ser o momento de glória para nós. Pelo contrário, é a hora do flat. O verão começou sem o tradicional swell natalino, mas Janeiro representou e emplacou quatro ondulações sequenciais sincronizadas com os finais de semana. O lado bom é que quando temos ondas nesta época, elas costumam entrar mais limpas que o habitual, e é exatamente o que tem acontecido. As coisas não estiveram tão devagar assim, e além destes quatro swells, tivemos um punhado de grandes outros ciclones no Atlântico sul, mas quase todos eles se deslocaram com muita rapidez em direção à África, e acabamos ficando só com rebarbas – os tais balanços. Mas há algo de novo no ar. Ou melhor, no mar. Depois de amargamos uma situação de pouco surf até a metade de fevereiro, a situação mudou com a chegada do swell n.5, o quinto e maior da estação, trazendo séries que passaram dos 2m. Ele resistiu por alguns dias, mesclou-se com um swell de vento de sudeste e ainda trouxe diversão para o fim de semana que acabou de passar. Agora as ondas já minguaram novamente e uma nova bolha de calor, ou um centro de alta pressão, voltou a nos envolver e deveria garantir a habitual blindagem a grandes ondulações. Não dessa vez. Conforme citado no LD 60, o swell n.6, previsto para o fim desta semana, teve suas projeções cuidadosamente acompanhadas durante o fds, e a cada leitura fica mais nítido que se trata de algo especial. Falar depois é fácil, mas legal mesmo é saber antes para garantir a nossa porção a tempo de se planejar. Preparem-se, chegou a nossa vez...



2- Raio X completo da maior bomba de verão dos últimos anos

Swell n.6 – VERY HIGH SURF ADVISORY

Teremos uma grande tempestade se formando no sul do continente a partir desta terça-feira, e a novidade é que um segundo sistema, próximo a Foz do Prata, deve atrair, alimentar e retardar o primeiro (o maior), gerando condições ideais para nos presentear com um bombástico swell de outono em pleno verão.



CARACTERÍSTICAS DA TEMPESTADE

O ciclone que vai produzir o n.6 já está em andamento e é a partir de hoje, dia 23, que ele rodopia pra valer. Dentre os fundamentos que explicam a geração das ondas, essas são as características que nos levam a crer que poderemos ter uma das maiores ondulações de verão de que se tem registro:

- Pistas : serão muito amplas, com os ventos soprando sobre uma área de quase 2 mil km, transferindo muita energia do ar para o oceano. Mais importante ainda, desta vez estão quase miradas em nossa direção, diminuindo o comum desvio para fora de nossa janela de abertura (ângulo em que nossas praias recebem as ondas), e nesse caso privilegiando SP e RJ.

- Deslocamento: Por interagir com um sistema menor, que funcionará como uma espécie de isca para o grande, o ciclone se moverá paralelamente a costa da América do Sul, na direção nordeste. Além disso, se move devagar. Isso significa mais energia (ondas) descarregada em direção ao litoral paulista e carioca.

- Velocidade dos ventos: durante o momento crítico da tempestade, que deve ser na quarta-feira, devem passar de 40 nós, o que já é muito bom. Não chega a ser um V12, mas um V6 turbinado com uma reta muito longa.

- Duração: Dentro do ângulo que nos interessa, deve ser de mais de 72h, o que deve garantir ao menos dois dias de BIG SURF de verdade.

- Observações: Além da tempestade principal, teremos mais dois núcleos capazes de dar continuidade as ondas (com período em 10s ou mais) pelo menos até a próxima terça-feira. Destacamos que esse swell, bem como todos os outros que nos atingem, teoricamente não são potencializados pelo El Niño, pois o fenômeno de aquecimento das águas em latitudes equatoriais se restringe ao Pacífico. Pelo contrário, o retrospecto nos mostra que em termos de surf, anos de La Niña têm um potencial maior de fortalecimento das ondulações no Atlântico como um todo. Possivelmente, ciclones extratropicais como este são (e continuarão sendo) influenciados pelo aquecimento anormal também no Atlântico, e isso está muito mais ligado ao aquecimento global como um todo do que o El Niño.

CARACTERÍSTICAS DO SWELL N.6

Tamanho das ondas em águas rasas: tem potencial para 10 pés, com possíveis séries de 12 pés plus. Como de costume em grandes ondulações, isso varia em função de quanto cada pico pode suportar, então tomando como referência os picos super preferenciais de sul como Maresias, as ondas devem chegar aos 3m, com possíveis séries de até 4m ou até um pouco mais. É uma previsão arriscada, mas caso não haja novas reduções nos mapas, pode ser um dos 3 maiores swells de verão desta década, fácil.

Direção: Originalmente é um swell de sul com alguma influência de sudoeste, mas ao longo de sul passagem pode receber influência de sudeste em águas rasas. Vale destacar, no entanto, que este swell não deve girar para sudeste/ leste, mesmo que receba uma influência secundária devido aos ventos dessa direção. Sendo assim, melhor e maior para os picos de sul.

Momento do ápice: Em SP deve ocorrer durante a tarde de sexta-feira. Em SC ocorre pela manhã (na verdade, na madrugada de 5ª para 6ª) e no RJ no fim de tarde de 6ª. Atenção às lajes de SC, SP e RJ: os nossos slabs vão fumar nesta sexta!

Duração: Entre 4 e 6 dias dias, sendo 2 dias com potencial para HIGH SURF (mais de 2m), sexta e sábado.

Ventos: Ainda não estão totalmente definidos, mas as últimas leituras mostram redução na intensidade, devendo variar entre leste e leste/ sudeste e devendo predominar condições amenas. A “beirada” do ciclone, com ventos intensos de sul, começará a ser sentida a partir da tarde de quarta-feira e mais ainda na quinta, afetando a qualidade do balanço do meio da semana. Para nossa sorte, o importante é que os ventos aliviam bastante no momento em que o swell encosta de fato, mas ainda há chance de atrapalhar um pouco durante o ápice. Maiores detalhes no LD de quinta-feira.

Tempo: Deveremos ter uma virada de quarta para quinta-feira, com queda de temperatura, ventos e muita e chuva, caracterizando uma nova frente fria. No entanto, o tempo pode melhorar a partir de sexta-feira, e aumentam as chances de tempo aproveitável para o fds.

Qualidade do surf: Ainda há risco de maral durante o ápice, mas no geral tende a ser boa. Como as projeções de vento vêm sendo reduzidas e o retrospecto do verão quanto à formação é positivo, a expectativa é ótima, e nesse caso os picos que recebem melhor esta direção de ondas também são os mais indicados quanto aos ventos. No máximo, até sábado as condições deverão ficar limpas. Olho nos picos de sul. Há grande número de opções em Santos, São Vicente e São Sebastião, mas também há excelentes pedidas para o Litoral Sul, Bertioga, Ilhabela e Ubatuba. Quem perder vai chorar depois ao ver as fotos.

Riscos: Ressaca! As praias deverão ser engolidas pelo avanço da maré, especialmente após o meio dia. Áreas costeiras poderão ser inundadas. Mas o maior perigo deverá ser as FORTES CORRENTES que deverão surgir com tantas ondas. ATENÇÃO REDOBRADA COM O FIM DE TARDE DE SEXTA-FEIRA E O PICO DA MARÉ SECA. SER ARRASTADO PARA ALTO MAR À NOITE COM ESSAS CONDIÇÕES NÃO SERIA UMA MANEIRA LEGAL DE COMEÇAR O FDS.



3- Tendências de longuíssimo prazo
Pacífico:

Por ser o maior oceano do mundo, dita as regras. E com a confirmação de que o El Niño desta temporada está sendo classificado como “moderado”, aumentam as chances de que ele persista por um ou mais anos. Ou seja, as ondulações do Pacífico tendem a continuar sendo turbinadas por mais alguns anos. Vale lembrar que o hemisfério sul, principal motor das ondulações que ativam destinos de sonhos como Chile, Peru, Panamá, Costa Rica, Nicarágua, El Salvador e México, produziu apenas swells moderados até o momento, e ainda tem muito mostrar ao longo do Outono e Inverno. A partir do mês que vem deveremos observar o fortalecimento das tempestades entre a Nova Zelândia e o Chile, com a chegada do Outono, e aí esses picos deverão pegar fogo.

Atlântico:

O verão está saindo melhor que a encomenda, e o surgimento de swells de grande porte como o último (da Quarta de Cinzas) e especialmente do próximo (desta sexta-feira), aumenta a expectativa para o outono, na esperança de que tenhamos algo parecido - ou quem sabe melhor - que o glorioso outono de 2009. Mas não será fácil de superá-lo. Naquela ocasião, estávamos no final de um período de La Niña e desta vez estaremos em pleno El Niño. Adicione o aquecimento do Atlântico e teremos um quadro totalmente novo, atípico de verdade. Talvez swells como o que teremos nesta semana sejam “pontos fora da curva”, eventos isolados, ou até mesmo a antecipação de nossa querida “temporada de altas”. Na análise mais otimista, podemos encarar como um indicativo que novos recordes podem ser batidos e a festa esteja apenas começando. Pelo nosso otimismo e pelas recentes demonstrações de fúria da natureza mundo afora, acreditamos nisso, e vamos seguir com um olho no peixe e outro no gato. Que venham as bombas hoje e sempre!



4 - Resumo LD:



*CLIQUE PARA VER AMPLIADO*

SEQUÊNCIA

Na segunda as ondas ainda continuam rolando com boa pressão e aproximadamente 1m de sul, com ventos tendendo a leste puro e tempo aberto. Na terça-feira as ondas giram para sudeste e continua mantendo boa pressão, ainda podendo rolar um metro. A quarta deve ter algo entre meio e um metro de sudeste, e daí em diante poderemos ter a continuidade das ondas garantida por um corredor de vento capaz de produzir ondas de vento de sudeste. Não parece ser muito intenso, mas parece dar condições para o surf quase até o fim da outra semana. Valeu, Netuno!


5 - O lado B das bombas

Nem todo mundo gosta, quer ou pode pegar ondas grandes e pesadas. A euforia que vem junto com swells desse porte reside no fato de que inúmeras opções se abrem nessas condições, incluindo picos protegidos, ilhas, lajes, secrets, ondas que não são lembradas normalmente e até mesmo picos que teoricamente não recebem esta direção. O espírito da busca fica mais vivo do que nunca e a recompensa para quem ousa pode ser elevada. Agora chegou a hora de celebrar. Se para você tudo isso faz sentido, permita-se ficar menos online e mais in the water nesta sexta-feira. Ou ao menos no fim de semana...

Um dia ainda será possível justificar uma ausência no trabalho levando uma cópia do LD ao invés de um atestado médico ao RH.

É isso aí. Voltamos para a atualização final na quinta-feira.

Valeu a todos pela força! A missão segue em frente com a convicção que estamos no caminho certo.

Abraço e boas ondas!



Liquid Dreams

O épico é imprevisível, mas não acreditar pode custar caro



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A LD orgulha-se de monitorar TODOS os swells de SP desde novembro de 2007

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FONTE: WWW.LDSURF.COM.BR

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

Resquício do Swell do Eddie

Este foi o mesmo swell que possibilitou o Eddie Aikau. Ele chegou no Peru, mais especificamente nas tubulares esquerdas de Cabo Blanco, depois de uma longa viagem, com as ondas bem menores e incrivelmente tubulares.