LOJA DAS PARAFINAS e RIP CURL agora são a mesma LOJA!

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domingo, 30 de dezembro de 2007

Vídeos irados!!

Segue uma lista de alguns vídeo-trailers pra galera curtir e se instigar.

Young Guns - http://surfermag.com/av/flash/yg-kelly-oahu/


Shipstern's Bluff - http://surfermag.com/av/flash/shipsterns-07/


Cory Lopez raw - http://surfermag.com/av/flash/cory-lopez-1/

sábado, 29 de dezembro de 2007

Rob Machado parte 3



Você foi um muleke punk?

Não, realmente não. Eu não podia cabular aula, por que meu pai era contratante e circulava pela cidade o dia todo e ele pegou meu irmão um bocado de vezes, então eu sabia que ele podia me encontrar. Eu não era punk em tudo. A escola era muito importante, minha mãe era determinada com isso. O bacana era que se você provasse ter bom aproveitamento, você tinha privilégios. Nós tinhamos bons atletas lá, como o Campeão do aberto de tênis de 1989 da França, Michael Chang, nós iamos a escola e tinhamos mais tempo para treinar. Por ser mais antigo na escola eu tinha o Surf P.E e a aula de surf back-to-back de manhã, então eu podia ter duas sessões de surf antes de ir para a classe. Mas quando eu começava a faltar na escola por causa dos campeonatos eu tinha que voltar com o trabalho feito, aquilo era difícil, mas era muito importante para eu mostrar que estava fazendo alguma coisa e não somente me aproveitando. E se não mostrasse boas notas você perdia todos os privillégios.

Seaside Reef foi a onda que você cresceu surfando?

Eu não fiz muita coisa em Seaside até os 14 anos. Nós aproveitávamos mais Swami's que era na qual eu mais surfava alí na região. Havia centenas de pequenas ondas na região. Eu me lembro de viajar um pouco mais ao sul e numa destas viagens eu encontrei meu próprio pico. Tornou-se então minha onda. Ainda tem boas ondas lá, tipo aquelas de meio metrão de Macarronis sabe? Você pode de fato detoná-las. Eu encontrei alguns outros lugares como aquele [entre Cardiff e Seaside]. A maioria deles fechavam entre 1 metro, mas eram perfeitas quando estavam pequenas. Direto eu ia para Seaside e tornava a voltar para este meu pico. Quando eu fiz 14 anos completos eu me inscreví em um evento do Bud Tour que eles tinham aqui e fiz a final.

Você já tinha uma quantia significativa de troféus naquela época, não tinha?

Bem isto era por que eu fazia um campeonato a cada final de semana, e eles eram em sua maioria jogados fora. Daí saiu do meu controle, pois eu era registrado em cinco diferentes organizações. Atualmente optei em sair parar de competir por que meus amigos sempre me contam o quanto está bomnquando estou fora nos finais de semana. Depois daquela final eu decidí abandonar.

Qual a lição que você tem a passar para os garotos que estão na estrada?

a coisa que me preocupa é que esses garotos focam suas vidas em apenas uma coisa. Eu crescí jogando futebol, baseball, eu fiz tudo que pude. Agora estes garotos se tornaram como chineses. Eles os prendem quando estão com dois anos de idade e começam a treiná-los e é isso. Eles estudam em casa. É uma loucura. Quando eu era um garoto ia nas boat trips, sabe, talvez uma viagem para o sítio ou coisas assim. A mulecada de hoje está indo para as Mentawais de yacht.

E o que você tem a dizer sobre os garotos que não são profissionais, que estao apenas tentando se divertir?

Eu acho que a evolução dos equipamentos por si só já é uma grande razão para estar amarradão. Está melhor agora do que era antes, e as coisas estão progredingo muito mais rápido. Este é um dos motivos pelo qual os garotos de hoje estão evoluindo tanto.

Quando você começou no tour seu pai vinha com você. Aquilo era claramente sem precedentes, não era?

Totalmente. Pensa você com 18 ou 19 anos, ganhando dinheiro estrangeiro e comprando comida, você é só um garoto. Mas meu pai tinha viajado por de toda a Europa quando ele era jovem, então seu conhecimento era muito importante, ter um lugar para ficar e alguma coisa pra comer, a única coisa que eu tinha que fazer era surfar. Aquilo foi de grande valia, por que quando você está fora você está sozinho, com dinheiro no bolso é fácil você perder o foco e cair nas festas e tal.

Isto o ajudou a ter sido Rookie of the year em 1993 e entrar na briga pelo título mundial tão rapidamente?

Sim, aquilo foi sensacional. Eu ficar em sétimo ou oitavo lugar no Pipe Masters em meu primeiro ano e eu me lembro que eu devia ter surfado Pipe somente umas duas vezes na minha vida. então aquilo pra mim foi "ok isto será interessante".

domingo, 23 de dezembro de 2007

Jeremy, Laurie e Ben Dunn

4| Jeremy Flores
Nascimento: 27 de Abril de 1988
Cidade Natal: Capbreton, França

Crescido nas ricas-ondas das Ilhas Reunião, vindo da geração Francesa e mais recentemente passando algum tempo maior na Austrália, este muleke de 19 anos é mais do que capaz de lidar bem com todo tipo de onda-um fato que o ajudará muito. Um ilustre membro da equipe Young Guns da Quiksilver, este regular-footer teve a sorte de participar das longas sessions nas Mentawais com caras como Julian Wilson e Clay Marzo, sem mentcionar Kelly Slater. Depois de finalizar em 85 lugar no WQS de 2005, ele explodiu na cena mundial este ano por tornar-se o mais jovem há se qualificar para o World Championship Tour (WCT) através do 'QS'. Embora o fato merecedor da nota foi que ele fez isto sem vencer um único evento. Depois de uma performance sem brilho de seu conterrâneo Mikey Picon no WCT do ano passado, Flores poderá facilmente ser o primeiro Surfista europeu a causar um impacto significante no Tour WCT. "Este garoto prodígio tem sido apontado como maior candidato ao trono por anos. disse Rabbit Bartholomew. "2007 verá este desafio se realizar."



5| Laurie Towner
Nascimento: 24 de Junho de 1987
Cidade Natal: Angourie, Natal

Crescido nas ondas em volta de Angourie, local de uma das mais primitivas reservas de surf da Austrália. Existiam poucas coisas que Laurie Towner tinha feito como profissional, por isso seu nome não é tão conhecido. Após pegar a onda do inverno de 2005 em Backdoor, ele entao seguiu para uma sessão memorável em Shipstern' Bluff-onde ele remou e vacou uma onda muito parecida com aquela famosa vaca de Jay Moriarty em Mavericks que colocou seu nome no mapa internacional. Depois disso ele pegou uma onda mutante-assassina em Off The Wall que tirou seu ombro do lugar. "Eu acho que ele não assimilou que aquelas ondas que ele pegou em Shipsterms tenham causado tanto impacto" disse Joel Parkinson vários dias depois de ele retornar da Tasmânia. "Aquilo mudou tudo pra ele". Mas o que ainda é relativamente desconhecido sobre Towner é seu tino competitivo, ele almeja muito mais do que apenas uma big-wave gloriosa e se elesouber mesclar experiências com resultados nos campeonatos, ele terá uma grande carreira pela frente. "Ele até agora teve uma boa carreira de freesurfer", disse Ben Dunn, " e provavelmente irá muito bem nos campeonatos se ele estiver motivado". Está no caminho certo.



6| Ben Dunn
Nascimento: 08 de Janeiro de 1986
Cidade Natal: Wallabi Point, Australia

A única vez que você verá Ben Dunn perder sua calma é quando ele se juntar para uma partida de rugby, ou talvez se ele lançar uma bola ruim no golfe, não sendo assim, você nunca verá Ben bravo. Quieto e algo proximo de introvertido, este regulat-footer é extremamente calculista. Filho de Martin Dunn, um dos mais celebrados técnicos de surf da Austrália, que treinou talentos como Trent Munroe, Tom Whittaker, Ace Buchan, Shaun Cansdell e Rebecca Woods. Bem talvez seja o mais diciplinado tecnicamente o surfista mais hábil entre os junior rankeados hoje. "Ele é uma máquina", diz o ex-campeão nacional dos Estados Unidos Dino Andino, que conhece pouco sobre estratégia competitiva. "Ele nunca toma decisões erradas nas baterias, é completamente técnico... o próximo Damien Hardman".

terça-feira, 18 de dezembro de 2007

Future Shock

Uma avaliação dos melhores surfistas (estrangeiros e nacionais) vocês verão aqui.
Serão 33 postagens, sendo cada postagem com a avaliação de três surfistas da novíssima geração do surf mundial. Coloque o sinto de segurança e prepare-se para o SHOCK!

'Pensamentos a frente do nosso tempo', é assim que afirmamos ser em nossas avaliações pessoais. Com cada nova onda tecnológica e de avanço social há uma crescente desconexão entre o presente e o passado que impacta nossas vidas. Em 1970, o sociologista Alvin Toffler cunhou a frase "Futuro Shock" para descrever nosso inapto medo das mudanças bruscas. Apenas poucos anos mais cedo, em 1966, por volta da mesma época, Nat Young (O australiano, não o garoto de Santa Cruz) Chocou o mundo dos campeões mundiais em Oceanside com sua revolucionária shortboard 9'0 pés.

O que aconteceu no mundo do surf depois da performance de Nat Young, foi um perfeito exemplo da teoria de Toffler. O domínio no revolucionário novo equipamento marcou praticamente o fim da era anterior às shortboards. Em poucos meses, a vasta maioria dos surfistas mudaram seus equipamentos , adaptando as progressivas shortboards e eventualmente novas performances vieram com elas.

Hoje estamos em um patamar de surf na qual parece não ter mais limites. A cada ano surgem novos surfistas (pro-surfers ou free-surfers) quebrando as barreiras do impossível e inimaginável. Vejamos aqui nesta primeira avaliação de três dos
melhores surfistas do mundo o que cada um deles tem de sobra. let's go!! Future Shock.

1| Jordy Smith

Nascimento: 11 de Fevereiro de 1988
Cidade/ País Natal: Durban, South Africa

Ele é o primeiro sul-africano desde martin potter a ser considerado possível candidato ao trono de campeão mundial. E o crescente desenvolvimento nas piscinas de New píer em Durban só tem afiado ainda mais o forte e natural surf competitivo deste jovem regular foot. Aos 19 anos, ele já desfruta de recordes vencedores contra alguns dos melhores competidores do WCT, superando Andy Irons e Fred Patachia no Hawaí, e Taj Burrow, Taylor Knox e Timmy Reyes no Billabong Pro South África no último ano. “Eu realmente fiquei impressionado”, disse Andy Irons. “Ele está surfando como um homem. Ele realmente mostrou seu jogo e tem um nível de surf na qual dá gosto de ver”. Venceu o mundial Junior da ISA e da ASP, foi nomeado Rookie of the year da Tríplice Coroa em 2006 e quase se qualificou para o WCT depois de surfar apenas alguns eventos. Se você é do tipo místico, considere o fato dele fazer aniversário no mesmo dia que Kelly Slater. Mas o mais impressionante de tudo é o respeito que ele adquiriu com este processo. “Ele surfa com fluidez e simplicidade, “ descreve o grande amigo e em breve rival, Julian Wilson. “Ele tem um incrível arsenal de manobras.” Hoje, correndo o WQS visando a classificação ao WCT, é certo que Jordy Smith estará no topo do ranking por muitos e muitos anos.



2| Julian Wilson

Nascimento: 08 de Novembro de 1988
Cidade Natal: Sunshine Coast, Australia

Talento sem limites, incrivelmente competitivo, estilo impecável, ousado e de poucas palavras, Julian Wison é o melhor pré-núncio dos atuais talentos australianos. “Ele é provavelmente o melhor surfista Junior no mundo na atualidade”, conta seu camarada aussie Dean Brady. “Ele não tem uma fraqueza, é sólido tanto de front quanto de backside, ele dá aéreos malucos, inclusive dando giros também, e surfa realmente bem quando as ondas estão sólidas. Ele não tem medo de soltar as manobras nas competições. É o tipo de cara que conseguirá algo sólido nos últimos 10 segundos da bateria para vencer.” Não só tem talento e mentalidade inovadora para subir degraus, seu fraco é que gasta muito do seu tempo surfando os swells- da Sunshine Coast. É um dos melhores amigos de Jordy Smith, mas pode em breve ser seu maior competitivo rival.



3| Adriano De Souza
Nascimento:13 de Fevereiro de 1987
Cidade Natal: Guarujá - Sao Paulo, Brazil

Apontado por muitos como um dos melhores brasileiros já vistos, Uma brilhante rapidez tem este regular-foot local do Guarujá-SP Brasil. Adriano de Souza quebrou tudo em seu primeiro ano no WCT. Já com um título de Campeão Mundial Junior da ASP, seu aplicado começo no Quiksilver Pro na Austrália, rendeu um terceiro lugar, provando que ele é capaz de grandes coisas. Agora, um veterano de 20 anos no WCT, ele está ganhando a confiança e maturidade necessária no Tour. Com 41% de aproveitamento o primeiro ano de De Souza no tour mundial viu o garoto com atitude de um homem. "Não há dureza maior do que surfar contra Adriano de Souza" diz o mais novo companheiro junior Matt Wilkinson. "Ele é um ótimo competidor, ele tem um completo arsenal de curvas muito perigosas". Terminar em 20 lugar não é fácil, e como ele provou com diversos grandes resultados, ele é mais do que capaz de chegar mais a frente.



Continua...

Entrevista com Rob Machado parte 2

Assim como prometí, segue mais uma parte da entrevista de Chris Mauro com Rob Machado, traduzida por mim especialmente para os amantes do surf estiloso e do life style que esse cara maneiro passa. (tentei ser o mais fiel possível na tradução - fidelidade que aprendí na faculdade) seguem também mais algumas fotos e mais pra frente vou colocando mais da entrevista e fotos. aloha!

Por Chris Mauro
Apesar de ser um cara ativo, ele pega a estrada ao longo da PCH rote para cumprir seu ritual da manhã, tira seu empoeirado Ford Explorer do terreno em Seaside Reef e rapidamente confirma o que já sabia-o mar está flat. Mas ele observa o mar por um tempo mesmo assim. Sentindo sua profunda conexão com o lugar, eu pergunto a ele como sua família veio morar em Cardiff, e ele foi direto falando da juventude de seu pai.

Seu pai cresceu aqui?

Meu pai e meu tio realmente cresceram surfando em South Bay com Ricky Grigg nos anos 60. Eles viviam em Culver City (CA-Califórnia), mas meu pai saiu de lá quando as coisas ficaram difíceis e então foi para Austrália. Deve ter sido muito maneiro voltar pra Califórnia depois, mesmo por que foi aqui que ele conheceu minha mãe, em uma estação de ski.

Então você nasceu na Austrália.

Sim. Meu pai prestou por dois anos o serviço antes do Vietnã ser incendiado e então ele foi para lá. Meu avô o levou para o porto em Long Beach e ele embarcou em um grande navio cargueiro. No fim das contas ele só viajou por perto do porto. Ele era apaixonado pelas praias do norte de Sydney e qualquer um pode imaginar como devia ser lindo por lá naquela época. Por lá ele foi construtor, depois teve uma lavenderia e então ele e minha mãe tiveram um bom restaurante em Manly Beach.

E o que o fez então voltar para Califórnia?

Certamente a situação política mudou por lá. As coisas ficaram muito estranhas nos anos 70 com o Governo Australiano, então eles decidiram voltar. O engraçado é que meus pais debateram seriamente se morariam nas montanhas ou na praia. Meu pai era instrutor de ski e tinha um lote de terra nas montanhas, mas eles amavam tanto a praia quanto a montanha. Eles estavam entre a cruz e a espada até meu avô falar pra eles virem dar uma olhada aqui em Cardiff. Na hora eles decidiram vir morar aqui, não foi por menos, imagine este lugar nos anos 70, era muito lindo e tranqüilo, e eles decidiram que seria o lugar certo para eles criarem seus filhos.

Você esteve muito próximo de tornar-se um downhiller.

Eu sei. Minhas pernas seriam gigantes.

No final dos anos 70, início dos anos 80, por volta de Cardiff Reef e Swamis, na qual a cena toda acontecia, havia um bocado de surfistas malandros aqui em volta. Estilo sempre foi uma preocupação sua?

Quando eu estava crescendo lá, não havia um elogio mais importante do que você ter um belo estilo. Você tinha que fluir ou você era um rejeitado.

Quem você assistia para sua inspiração?

Naquele tempo eu estava realmente inspirando tudo sobre Curren e Occy. Eles eram os caras que estavam passeando, eles também tinham estilo. Era começo dos anos 80 e você via que eles estavam quebrando. Estes caras foram minhas primeiras grandes influências. Eu lembro de assistir Occy em Burleigh Heads em Beyond Blazing Boards; ele fazia aqueles arcos, apenas fazendo a linha, e eu ficava amarradão em quão alto ele voava no crítico da onda. Eu parava a fita naquela parte só para ver quão alto ele ia. Havia ainda a riqueza das fotos de caras como Gerry Lopez e Ronny Burns em Pipe e a graça sobre pressão que era tudo aquilo.


Amigos próximos de Rob Machado dizem que seu surf tem evoluído muito nos últimos anos. Pergunte a eles e te dirão se você já o tinha visto mais 'deslizante' que isso.


Com mais tempo para experimentar, Machado tem gasto muito do tempo refinando sua veloz linha de surf.

domingo, 16 de dezembro de 2007

O estilo de Rob Machado


É difícil dizer a idade de Rob Machado apenas ao olhá-lo de relance. O único sinal visível que ele não tinha ontem ou a cinco anos atrás é o seu cabelo cortado e sua barbicha de 'bode'. Aos 32 anos de idade, ele exemplifica a imagem de uma pessoa saudável: Sua postura magra enconde sua resistência-sim resistência-seus músculos alongados e elasticos. Ele acorda bem cedo toda manhã, não para ser o primeiro na água, não por que suas bem cuidadas filhas Rose e Macy já estão agitadas naquela hora, mas por que ele está faminto. Um ruído em seu estômago o força a sair da cama

Hoje é uma típica manhã na reconstruída casa de Machado. Depois de estar desalojado por mais de uma ano, Rob e sua esposa Patou, ainda estão dando os últimos toques em seu projeto dos sonhos. O todo-novo segundo-andar é espaçoso e moderno, com uma grande área e lindas janelas de madeira que foram cuidadosamente arquitetadas para a bela vista das 'águas brancas' de Cardiff Reef. Rob está muito contente com seu novo lar e suas garotas mostram-se estar bem situadas também. A tímida Macy está vestida com os sapatos de salto alto da mãe, tagarelando envolta da grande mesa de madeira enquanto sente o cheiro para tentar descobrir que tipo de alimento descansa em cima da bancada da cozinha. Rose, quatro anos de idade, é mais extrovertida e está sentada com o pai. Ambas comem cereal com mel, mas Rose interrompe diversas vezes para mostrar sua boneca Barbie ao pai.

No decorrer dos dias vou postando a entrevista feita por Chris Mauro com Rob em sua confortável casa em Cardiff Reef - USA. De antemão seguem algumas boas fotos de bons momentos deste grande ídolo do surf mundial.

fonte: surfer mag





sábado, 15 de dezembro de 2007

O último rugido do touro indomável


"Posso fazer tudo denovo?" brincou o calmo Occy enquanto acabara de correr sua ultima bateria como competidor profissional da ASP.

Após perder para seu compatriota australiano Troy Brooks no round 3 do Billabong Pipeline Masters na praia de Pipeline no North shore da ilha de Oahu no Hawaii, Mark Luciano Occhilupo, 41 anos, nascido em 16 de junho de 1966 se despede das competições para tornar-se um ícone. Occy que deu suas primeiras braçadas no surf na praia de Cronulla com oito anos de idade.
Em 1983, com apenas 16 anos ele trocou seu livro de escola por um início de carreira no cenário do surf, finalizando no top 16 seu primeiro ano no tour e desta forma solidificou seu lugar entre os melhores surfistas do mundo por anos sucessivos.
Nós todos sabemos a respeito de seus épicos duelos entre Tom Currem por anos, especialmente no OP Pro em Huntington, na qual tornou a repetir sua performance revolucionária, em 1987 no North Shore.

No início dos anos 90 o touro indomável parece ter se enfurecido demais, o que de certa forma o fez perder seu "rumo" elevando seu peso para 111 kilos. Porém em 1995 foi o ano do resgate e ele saiu em busca do seu lugar no tour novamente.

Com muita garra ele terminou o ano de 1997 em segundo lugar no ranking atrás de Kelly Slater e então dois anos depois - em 1999 - continuou vencendo e conquistou seu primeiro e único título mundial. Em 2003 Occy e sua então namorada Mae tiveram seu primeiro filho juntos, casando-se no ano seguinte, "e o resto é história" como dizem eles.

"Tem sido uma jornada maravilhosa" disse Occy após ter sido carregado nos ombros pelos seus compatriotas. "Eu tenho feito bons amigos e tive muitas boas experiências por estes anos todos, é duro ter que sair, mas estou construindo uma casa agora e finalmente vou poder terminá-la e aumentar os benefícios para minha família".

Rumores que Kelly Slater está em passo de encerrar sua carreira no WCT no ano que vem circula entre os boatos na praia e também da retirada de Vitor Ribas do tour - que não se reclassificou para o WCT do ano que vem - mas no momento isso tudo não passa de boato e especulação. A única certeza é que Occy deu muita contribuição ao surf e merece todo o nosso respeito e gratidão.
fonte: surfermag.com

sexta-feira, 14 de dezembro de 2007

ASP North America

Segue abaixo a transcrição da reposta ao meu email enviado a ASP North America cobrando respostas pela atitude de Sunny Garcia contra o Brasileiro Neco Padaratz.

Paulo Lima escreveu:

What's up Dear?!

The happening of bad attitude of Hawaian Mr. Sunny Garcia against own Brasilian idol Neco Padaratz in the sands of the North Shore of the island of Oahu in the Pipeline beach (see here: www.waves.com.br) was RIDICULOUS. We are already toilsome these attitudes against own athletes of surf. Since the clap in the face of the (little son of dad) Makua Hottman in Paulo Moura which you "only" had make him pay some dollars wich we are discontented.

Be Men (or women) and not have fear of Sunny (and of the hawaians) by less one time in the life!!!.

Paulo Lima
São Paulo-SP
Brazil (wonderful land)


Meg Bernardo respondeu:

Hello Paulo,
Sunny is not registered in our region of ASP North America. Since this is a WCT event, disciple falls under the jurisdiction of ASP International and ASP Hawaii. I will forward your e-mail to the WCT Tour Manager Renato Hickel.
Thank you,
Meg Bernardo
ASP North America

Sunny Garcia



No dicionário Michaelis Sunny quer dizer, entre outros significados, 'cheio de sol, iluminado pelo sol'.
O livro - que por ignorância de alguns - chegou a ser chamado de 'pai dos burros' explica que no sentido figurativo - sunny - possa significar também 'o lado agradável', mas não é isso o que aparenta ser o havaiano Sunny Garcia, muito pelo contrário, mostra-se ser um indivíduo muito desleal e covarde.

Não é de hoje que o Mr. Garcia demonstra sua falta de humor e caráter pelos picos mundo afora. Já ví atitudes dele pela televisão dizendo que 'pelo menos vou pra casa assistir as baterias pela tv a cabo e descansar no meu quarto com ar condicionado', quem não viu ou ficou sabendo pela midia da sua agressão ao fotógrafo no Rio de Janeiro na etapa do WCT carioca em 2001 pelo simples fato de ter perdido sua bateria ou mesmo das suas intimidações durante as disputas da Triplice Coroa Havaina em picos como Haleiwa, Sunset e Pipeline?!

Mais recentemente ele foi preso por sunnygações fiscais (como bem disse nosso legend Taiu Bueno) e teve que pagar a pena de reclusão pois devia ao Estado. Infelizmente a ASP não tomou como exemplo a mesma atitude que a justiça (dos EUA?) e pela segunda vez* (ao menos por enquanto) não se pronunciou e ao se pronunciar talvez aplique uma multinha de U$S 1.000 a ele e nenhuma pena mais dura vai ser aplicada.

Se ele caísse nas cadeias aqui do Brasil para pagar esta pena que pagou por lá, tenho certeza que ficaria mansinho.

Acho que o Michaelis devia inserir em suas próximas edições o significado de Sunny (Garcia) no sentido 'mal exemplo, falta de profissionalismo e falta de respeito aos seus colegas de trabalho'.

*A primeira vez foi quando Makua Hotmann, outro Havaiano, agrediu Paulo Moura com um tapa na cara durante o Pipeline Masters.

Stephanie Gilmore é Campeã Mundial de 2007

Apesar da nossa guerreira Brasileira Silvana Lima ter surfado muito bem este ano, a australiana Steph Gilmore levantou o caneco nesta quinta-feira no pico de Honolua Bay em Maui no Hawaii e tornou-se campeã mundial do circuito feminino WCT 2007.
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Em ondas pequenas a australiana - que correu a 5ª bateria do dia - consagrou-se campeã após as suas concorrentes diretas ao título, a peruana Sofia Mulanovich e a Brasileira Silvana Lima, perderem seus respecticvos duelos. Sofia perdeu na 4ª bateria do dia para Keala Kennely que entrou no campeonato como wild card e no final da bateria pegou um belo tubo seguido de um extenso bottom turn na base da onda emendando um lindo floater no final da onda. Sofia lamentou muito a perda do título com algumas lágrimas nos olhos.
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Steph Gilmore entrou na bateria de numero 5 e assim que a sirene soou foi logo pegando um bom tubo. Rochele usou toda sua técnica mas não conseguiu vencer o estilo polido da australiana e terminou a bateria em second place.
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Nossa querida Silvana Lima entrou com muita garra na sua bateria e foi para o tudo ou nada, característica marcante da nossa atleta brasileira. Sil liderou praticamente a bateria toda, mas a pacîência da Sul-Africana Roseanne Hodge a fez virar a bateria nos minutos finais, acabando assim com as esperanças brasileiras de ter pela primeira vez uma Campeã Mundial de surf.
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Na minha opinião a brasileira perdeu o título em Sidney quando fez a final com a Stephannie em uma bateria polêmica em que muitos que assistiram a disputa não concordaram com o resultado. Na ocasião Silvana surfou muito radical e foi prejudicada claramente pelos juízes, já podia ter garantido alí o título.
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Já a catarinense Jaqueline Silna tornou-se a única Bi-campeã mundial do WQS. Parabéns Jaque e Silvana!! Ano que vem tem mais.


Havaiana Kealla Kennely



Silvana Lima



Roseanne Hodge (ZAF)



Sofia

quarta-feira, 12 de dezembro de 2007

Pier de mongaguá


'Não acreditamos que aqueles dois caras sentados ali do nosso lado eram duas lendas do surf Brasileiro'

Final de semana sim, final de semana não. Esta era a nossa frequência no surf no começo da nossa "carreira surfística" nos meados de 1993/1994. Nosso destino estava a mais ou menos 100 km de distância, nosso(s) veículo(s) de locomoção? um ônibus até a estação do metrô tietê, na qual o pegávamos o mais cedo possível - por volta das 06h00m da manhã - e então o metrô até a estação rodoviária do jabaquara (quem conhece o metrô de São Paulo sabe da distância que é de uma estação a outra), para finalmente pegarmos o ônibus 'de viagem' que nos levaria ao nosso surf spot, mas isto não era obstáculo pra estes dois garotos AMARRADÕES com suas pranchas embaixo dos braços (geralmente a minha sempre ia enrolada em um cobertor, é isso mesmo que você leu, um cobertor, daqueles que te cobrem a orelha nos dias de frio). Por sermos surfistas da capital e iniciantes no surf nossa missão era esta nos finais de semana.

Em um destes finais de semana chegamos no nosso surf spot e estava rolando um campeonato de surf longboard. O cenário não podia ser melhor: sol, várias gatas e boas ondas de até um metro com boa formação. O crowd estava maior do que nos outros dias (nada que se compare aos dias de hoje de uma praia com boas ondas nos finais de semana) mas tinha um crowd. Guardamos nossas coisas no quiosque de um senhor que fizemos amizade, Seu Moacir, na qual o apelidamos de Moáca. Corremos pra água para nossa primeira bateria do dia. Pegamos algumas ondas e saímos pra comer alguma coisa, pois desde que havíamos saído de casa estávamos apenas com o café da manhã no bucho.

Pedimos um lanche e sentamos alí de frente ao lado esquerdo do píer na qual rolava o campeonato para observar a performance dos competidores, as ondas eram detonadas no melhor estilo 'destrua as ondas e não as praias' e vibravamos com as belas atuações dos atletas que manobravam até a areia com seus longboards. Haviam muitos profissionais mas não pensávamos que nos depararíamos com duas lendas do surf. Após nosso lanche mandamos um belo de um sorvete pra forrar por completo nosso estômago e dar a quantidade de energia suficiente para o final de tarde ... eis que ao olharmos na mesa ao lado conversavam tranqüilamente ninguém mais ninguém menos que Rico de Souza e Picuruta Salazar, não acreditamos que aqueles dois caras sentados ali do nosso lado eram duas lendas do surf Brasileiro, e com aquela inocência de muleke que apenas via seus ídolos através das revistas de surf soltamos um hang loose que foi retribuído com o mesmo gesto e um sorriso de quem percebeu a nossa vibração. Ficamos alí por mais algum tempo e fomos descansar. Surfamos a segunda bateria e fizemos o caminho de volta com a sensação de dever cumprido e com a certeza que aquele tinha sido um dos dias que ficariam registrados pra sempre em nossa memória.

Após 13 anos me lembro deste episódio ... hoje pode ser fácil trombar ou até saber notícias dos surfistas ídolos, pois com a internet são muitos os meios de comunicação especializados em surf , mas naquela ocasião, ao menos pra nós, foi o contato mais próximo de dois ídolos com dois garotos iniciantes que arriscavam suas primeiras braçadas nas ondas.
Aloha Rico, Aloha Picuruta!